• segunda-feira, 23 de abril de 2012

    Pesquisa Datafolha: um roteiro para a própria mídia se olhar no espelho

     A mídia devia transformar em bíblia, no objeto de sua mais profunda reflexão no momento, a pesquisa Datafolha divulgada neste fim de semana (domingo). O levantamento indica que sobem continuamente o otimismo dos brasileiros em relação à economia e o apoio e aprovação populares que dão à presidenta Dilma Rousseff.

    O levantamento, aliás, mostra mais um recorde batido pelo governo da presidenta: ele tem a aprovação de 64% da população, a mais alta taxa de apoio e aprovação populares obtida por um presidente com 15 meses de mandato na história da República. Só 5% da população consideram seu governo ruim ou péssimo.

    E mais: a chefe do governo se elegeu dia 31 de outubro de 2010, no 2º turno, com 56,05 dos votos, contra os 43,95% obtidos pelo adversários tucano José Serra. Pois bem, se o 2º turno fosse agora ela simplesmente teria 69% contra 21% da candidatura serrista.

    Brasileiros querem a continuidade do PT no Planalto depois de 2014


    É por isso que insisto: a pesquisa devia e precisa se converter em um roteiro para a própria mídia se olhar no espelho. O Brasil que ela - toda, não só a Folha - retrata em suas páginas e noticiários não existe para a maioria do país, para a nação e o povo otimistas com o futuro, esperançosos com os dias que vivemos.

    Os brasileiros, deixa claro a pesquisa, apoiam tanto a presidenta Dilma quanto o ex-presidente Lula, como atestam os itens em que eles são perguntados sobre a próxima eleição presidencial. Em outras palavras, o que a população quis dizer é que quer a continuidade da gestão petista depois de 2014. Chega a 89% o percentual dos que querem que o PT fique no Palácio do Planalto - 32% com a presidenta Dilma e 57% com o ex-presidente Lula, apesar da campanha diária e permanente da mídia contra este e seu partido, o PT.

    A mídia só tem a perder nos próximos anos. Mas, mesmo assim, pelo andar da carruagem, não quer ver. Continua solidária com praticas jornalísticas de determinadas publicações e veículos, dentre estas, Veja à frente. Se bem que a revista há muito deixou de fazer jornalismo transformando-se em mera transmissora de mensagens panfletárias da extrema direita.

    Não condenam jornalismo feito de braços dados com o ilícito


    Continua, na medida em que não dá uma palavra a respeito - nem fala, nem publica - recusa-se a condenar o jornalismo de braços dados com o ilícito na busca de noticias. Exemplo mais clamoroso disso é ela se negar a noticiar os fatos que se passaram na busca de informações não apenas para atingir ministros e políticos mas, o mais grave, para proteger determinados negócios escusos e ilegais, cujo nome verdadeiro é corrupção.

    Mas, os veículos da mídia, em grande parte - eu diria em sua maioria - querem a impunidade para os aliados ainda que concorrentes, mas negam a justiça para os adversários.

     Adicionado do Blog do Zé: Pesquisa Datafolha: um roteiro para a própria mídia se olhar no espelho

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